3 de abr. de 2013

Um homem coerente


Um homem coerente

Por Guilherme Celestino, editor – Hexis Editora



O livro Maurício Grabois: Meu Pai, de Victória Lavínia Grabois, nos conta a vida de um homem que por suas ideias e posicionamento político foi atravessado pelos desacertos do país, cuja história política traz a marca do descompasso: ora regido por regimes democráticos, ora  por regimes autoritários que bruscamente interrompem o processo democrático. Entrar em contato com essa história, não traz apenas a constatação triste dos descalabros, mas também nos faz deparar com alguns homens e mulheres que insistiram em defender a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, mesmo em momentos em que expressar ou defender tais ideias faria alguém correr o risco de ser preso, virar clandestino, até de ser torturado ou morto.

A pergunta de Igor de Maria Lúcia Martins


A pergunta de Igor                       
                                                            Maria Lúcia Martins
                                                           
      Eu queria colocar uma rosa, uma simples rosa vermelha entre as mãos geladas pela morte da jovem guerrilheira do Araguaia, Maria Lúcia Petit. – eis um dos inúmeros momentos em que a emoção me impediu de continuar lendo Maurício Grabois: meu pai*. Livro em que Vitcória Grabois, sua autora, quer narrando a saga de sua família – desde os avós, russos,  atravessando continentes, até chegar ao Brasil – quer documentando a vida política e revolucionária de seu pai, não abriu mão da ternura. Maurício Grabois, em 2012, faria 100 anos, e recebeu consistentes e belas homenagens. Arvoro-me dizer, entretanto, que esse livro representa a homenagem maior.