28 de set. de 2013
3 de abr. de 2013
Um homem coerente
Por Guilherme Celestino, editor – Hexis Editora
O livro Maurício Grabois: Meu Pai, de Victória Lavínia Grabois, nos conta a
vida de um homem que por suas ideias e posicionamento político foi atravessado
pelos desacertos do país, cuja história política traz a marca do descompasso:
ora regido por regimes democráticos, ora
por regimes autoritários que bruscamente interrompem o processo
democrático. Entrar em contato com essa história, não traz apenas a constatação
triste dos descalabros, mas também nos faz deparar com alguns homens e mulheres
que insistiram em defender a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária, mesmo em momentos em que expressar ou defender tais ideias faria
alguém correr o risco de ser preso, virar clandestino, até de ser torturado ou
morto.
A pergunta de Igor de Maria Lúcia Martins
A
pergunta de Igor
Maria Lúcia Martins
Eu queria colocar uma rosa, uma simples rosa
vermelha entre as mãos geladas pela morte da jovem guerrilheira do Araguaia,
Maria Lúcia Petit. – eis um dos inúmeros momentos em que a emoção
me impediu de continuar lendo Maurício
Grabois: meu pai*. Livro em que Vitcória Grabois, sua autora, quer narrando
a saga de sua família – desde os avós, russos, atravessando
continentes, até chegar ao Brasil – quer documentando a vida política e revolucionária
de seu pai, não abriu mão da ternura. Maurício Grabois, em 2012, faria 100 anos,
e recebeu consistentes e belas homenagens. Arvoro-me dizer, entretanto, que
esse livro representa a homenagem maior.
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